02/10/2009

“A missão dos eleitores de esquerda é mudar e não desempatar

Num almoço-comício realizado em Peniche intervieram Fernando Lino, cabeça de lista do Bloco à Câmara de Peniche, Heitor de Sousa, primeiro candidato às legislativas por Leiria e o deputado Luís Fazenda que declarou que a "missão dos eleitores de esquerda é mudar e não desempatar", apelando aos eleitores que pretendem votar no Bloco a que não se deixem pressionar por chantagens balofas.
Fernando Lino denunciou que, em termo urbanísticos e de ordenamento, não se vêem alternativas entre o PS, o PSD e a CDU, partidos que já passaram pela gestão da autarquia de Peniche com as mesmas consequências de degradação ambiental. Lino destacou que o Bloco faz a diferença, lutando para que "Peniche deixe de ser a capital do mau cheiro".
Heitor de Sousa começou por apontar o aumento do desemprego - "Leiria é o terceiro distrito com mais desemprego em 2009" e denunciou situações, como a da Secla, em que as empresas encerram, despedem os trabalhadores, para os mesmos empresários abrirem a seguir em novas instalações. Heitor de Sousa considerou que este aumento brutal do desemprego é consequência do trabalho pouco qualificado, afirmando: "se não fosse assim, se o trabalho fosse qualificado, o desemprego não subia tanto". O cabeça de lista do Bloco por Leiria responsabilizou ainda a maioria de deputados do PSD no distrito, existente quase ininterruptamente desde 1976, pela grave situação social e ambiental.
Por fim, Luís Fazenda começou por dizer que no distrito de Leiria existe nestas eleições uma oportunidade única de quebrar o duopólio de deputados entre PSD e PS, elegendo Heitor de Sousa, o que significará retomar antigas tradições de luta da esquerda no distrito.
O deputado do Bloco afirmou também que o Bloco de Esquerda é o "representante dos valores socialistas", de um ideário marcado pela centralidade do trabalho, pela defesa dos serviços públicos, pela oposição à Nato e à guerra, considerando que alguns que dizem que o Bloco não tem ideologia "estão marcados por ideários impronunciáveis e apoios a regimes inqualificáveis".
Luís Fazenda respondeu ainda às acusações de Sócrates contra o Bloco, questionando: "O Código de Trabalho é moderado ou extremista? A perseguição aos professores, por parte do PS e de Maria de Lurdes Rodrigues, não é extremista e aventureira? Enviar tropas para o Afeganistão não é uma aventura?" O deputado do Bloco repudiou as acusações de Sócrates e considerou que a privatização da energia, que dificulta a competitividade das pequenas e médias empresas, e a privatização das águas que o PS quer agora, "como tem garantido o ministro do Ambiente", é extremismo e uma atitude aventureira.
Por fim, Luís Fazenda referiu que nos próximos dias vão ser conhecidas diversas sondagens que apontam para uma descida dos partidos centrais e para a subida do Bloco. Considerando que as sondagens não servem de guia, o deputado alertou porém para uma "enorme pressão" que os partidos do centro vão fazer sobre os eleitores do Bloco de Esquerda e declarou "vale mais um voto no Bloco de Esquerda para condicionar governos minoritários" e mudar políticas, salientando que o objectivo da esquerda não é desempatar, mas alterar o curso dos acontecimentos .


11-Set-2009
Publicado: http://www.bloco.org/index.php?option=com_content&task=view&id=2037&Itemid=62

2 commentaires:

  1. Seria bom termos este blog para debater questões sobre o BE em Peniche.
    Mas o pessoal parece que ficou desanimado...

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  2. Caro António Moniz não tiro essa conclusão. Creio tratar-se de um período de nojo.
    Concordo contigo em apelar a todos bloquistas do Oeste para intervirem.
    Estamos numa etapa de novos meios e conteudos.
    Vamos em frente.
    António Abreu

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